segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Do you play?


«Quando corremos riscos, podemos perder. Quando não os corremos, perdemos sempre.»

Joueuse - um interessante filme, sobretudo para quem gosta de cinema francês. Segundo o olhar de Caroline Bottaro, neste seu primeiro filme, o xadrez está no centro de uma vida que se quer apaixonada.




Imagem: Elke Rehder

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

L'amour est un oiseau rebelle

...e que BEM o canta a Diva!

L'amour est un oiseau rebelle
Que nul ne peut apprivoiser,
Et c'est bien en vain qu'on l'appelle,
S'il lui convient de refuser.
Rien n'y fait, menace ou prière,
L'un parle bien, l'autre se tait;
Et c'est l'autre que je préfère
Il n'a rien dit; mais il me plaît.
L'amour! L'amour! L'amour! L'amour!

 L'amour est enfant de Bohême,
Il n'a jamais, jamais connu de loi,
Si tu ne m'aime pas, je t'aime,
Si je t'aime, prend garde à toi!
Si tu ne m'aime pas,
Si tu ne m'aime pas, je t'aime!
Mais, si je t'aime,
Si je t'aime, prend garde à toi!
Si tu ne m'aime pas,
Si tu ne m'aime pas, je t'aime!
Mais, si je t'aime,
Si je t'aime, prend garde à toi!

L'oiseau que tu croyais surprendre
Battit de l'aile et s'envola;
L'amour est loin, tu peux l'attendre;
Tu ne l'attend plus, il est là!
Tout autour de toi vite, vite,
Il vient, s'en va, puis il revient!
Tu crois le tenir, il t'évite;
Tu crois l'éviter, il te tient!
L'amour, l'amour, l'amour, l'amour!

L'amour est enfant de Bohême...





Imagem: ilustração de Alastair (1887-1969)

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011


Um dia quebrarei todas as pontes/ Que ligam o meu ser, vivo e total/ À agitação do mundo irreal/ E calma subirei até às fontes./ Irei até às fontes onde mora/ A plenitude, o límpido esplendor/ Que me foi prometido em cada hora/ E na face incompleta do amor. Irei beber a luz e o amanhecer/ Irei beber a voz dessa promessa/ Que às vezes como um voo me atravessa/ E nela cumprirei todo o meu ser.

Sophia de Mello Breyner Andresen


quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Ano Novo, como fazê-lo?

Ora, então, inicia-se um novo ano. E a preocupação é com as nossas vidas, mas, sobretudo, acontece que ao cair da tarde, nestas noites invernosas, há um olhar cerrado sobre o meu país. Buscam-se as notícias e, então, perante o desconsolo ardente destas tricas BPN (ai, ai, negócio sobejamente incompreendido pela arraia miúda, da qual faço parte), há tanto a dizer e tanto a perguntar... que já só nos vale, como diz  algures o poeta, uma pastilhazinha de mentol, de preferência fabricada em Portugal (bem!, suponho que ainda as há portuguesas, naqueles papelinhos-prata a lembrar tempos de meninice). E porquê? Pois, para aliviar a garganta que tem que repetir bem alto e praticamente ad eterno: "meus senhores, como é que é? como é que vamos sair desta crise, afinal?". Eu sei que podemos dizer muito e muitas vezes: "vamos sair da crise, vamos sair da crise, vamos...". E, assim, com um qualquer assombroso passe de magia, as coisas resolvem-se (?) - se dissermos muitaaas vezes, o universo, e nele, este mundo, podem vir a conjugar-se a favor dos nossos desejos (?). Mas... e o como, meus senhores, o como? Acaso estão esquecidos dele? Pois eu diria que os tempos estão para poucas magias, e que o como chegar a... é a prioridade nacional, quiça mundial. Como, como, como?! (não, não é o do verbo comer, está bem de ver). Gastem-se energias no processo e reduza-se o deficit real, em vez de aumentar sistematicamente o dito, enquanto deficit de acção real, com a agitação superficial das águas - que é mais para português ver, neste caso.
Como vamos levar este país para a frente? Como vamos gerar riqueza? Por favor, comecem por baixo, porque é de bom senso alicerçar as bases. Ou não? Quem pode dizer, afinal, ainda que preso de simbolismos, que neste país nada acontece? Pois... eu! E o poeta, claro, com o seu grande talento e a sua sensível preocupação.
Mas, quando chegar o dia, cumpre-nos votar. E votar é a não demissão de cada um de nós - hélas!




Regresso ao futuro

Muitas vezes, diz-se: nunca regresses a um lugar onde já foste feliz. Mas como não procurar todos os lugares que nos parecem compatíveis com...