quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

solilóquio I

sim. há metafísica bastante em pensar em ti
mesmo ao pisar firme terrenos impossíveis
os passos certos levam-me contigo
enquanto habito mais e mais a casa
e presa estou. do ser. das mãos. da voz. do tudo imaginado
algures num ponto até... vá lá... sem stress

tanta ternura minha. é. tanto desejo inquieto. um todo teu inteiro e largo vem por aqui espalhado...

pois sim. confesso: desejo e muito os grandes sistemas do mundo. 
e ao abrir os livros sou feliz. abro então um deles. pode ser agora. página digamos trinta e nove.
e o que lá diz? não não explica nada disto. oh.
pois vou então até mais longe. outro sistema há e longo. sim. atenta que este é muito complicado. capítulo cinco. página digamos vinte e três. até parece que há sentido mas. não não explica nada disto. bom.

sumário: tu és o meu sistema inacabado. o mais que o diga complicado. ah. e faço parte dele. se faço.
mas todos os sistemas são assim. com brechas. olha-se por lá. e então. há outras coisas. pois.
no meu sistema "tu" sou sempre eu mesma. um eu e a sua turbulência. ai. muito me zango até. e a hora: luz ténue da manhã.

posso ser mais clara num segundo. está bem. nuns quantos. qual é o tempo que afinal demora. escrever aqui: turbulenta-me. ?
(mas pouco. please)

Regresso ao futuro

Muitas vezes, diz-se: nunca regresses a um lugar onde já foste feliz. Mas como não procurar todos os lugares que nos parecem compatíveis com...