e depois reparo-me
mas só vejo parte de mim
respiro-o
todo um ar lento e vago doce e circulante
a flor - vejo-a aqui de perto
mas
só agora noto
nada nela é simples
como foi um dia. antes
quero-a
vai à minha frente...
e é sorridente
olho-a
quando então a vejo
vida fugitiva
parece suspensa
e extensa
nesta poeira celeste
que insiste em voltar a cada verão
e cobre todos os lugares
porque nos exalta?
na febre na doce inquietação e no torpôr das tardes que se vão...
(mas remeto-me à flor o dia é solar e assim o tempo foi todo transparência fugaz)
eis que se demora...
Foto de A.P.
Foto de A.P.
8 comentários:
Belo poema.
Diria ainda, que é um trevo de quatro folhas... achado no meio de toda esta imagem verdejante...
Bom fds
César
... Espero bem, que alguém tenha regado este canteiro ao fim de todo este tempo: o calor tem estado insuportável!
Como li algures, de cair para o lado...
Resto de bom Domingo
César
Ana Paula, talvez por a vida ser fugitiva ela nos atraia tanto.bjs
uma flor é uma flor é uma flor... sem porquê.
às vezes penso que deveríamos ser como as flores.
Lindo, o seu texto, Ana Paula.
Beijinho, com passagem fugaz por aqui. Tanto a vida se demora noutras coisas menos exaltantes...enfim, trabalho.
Na verdade escrevi um dia
" sopro-te e voo "
Tudo belo, Ana.
Beijinho
Não tenho aparecido... ando pouvo leitora da blogosfera.
:))
Tão lindo e tão bem escrito... Tudo de bom.
Obrigada a todos pela leitura destes bocadinhos de escrita :)
Beijinhos.
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