Ora, então, inicia-se um novo ano. E a preocupação é com as nossas vidas, mas, sobretudo, acontece que ao cair da tarde, nestas noites invernosas, há um olhar cerrado sobre o meu país. Buscam-se as notícias e, então, perante o desconsolo ardente destas tricas BPN (ai, ai, negócio sobejamente incompreendido pela arraia miúda, da qual faço parte), há tanto a dizer e tanto a perguntar... que já só nos vale, como diz algures o poeta, uma pastilhazinha de mentol, de preferência fabricada em Portugal (bem!, suponho que ainda as há portuguesas, naqueles papelinhos-prata a lembrar tempos de meninice). E porquê? Pois, para aliviar a garganta que tem que repetir bem alto e praticamente ad eterno: "meus senhores, como é que é? como é que vamos sair desta crise, afinal?". Eu sei que podemos dizer muito e muitas vezes: "vamos sair da crise, vamos sair da crise, vamos...". E, assim, com um qualquer assombroso passe de magia, as coisas resolvem-se (?) - se dissermos muitaaas vezes, o universo, e nele, este mundo, podem vir a conjugar-se a favor dos nossos desejos (?). Mas... e o como, meus senhores, o como? Acaso estão esquecidos dele? Pois eu diria que os tempos estão para poucas magias, e que o como chegar a... é a prioridade nacional, quiça mundial. Como, como, como?! (não, não é o do verbo comer, está bem de ver). Gastem-se energias no processo e reduza-se o deficit real, em vez de aumentar sistematicamente o dito, enquanto deficit de acção real, com a agitação superficial das águas - que é mais para português ver, neste caso.
Como vamos levar este país para a frente? Como vamos gerar riqueza? Por favor, comecem por baixo, porque é de bom senso alicerçar as bases. Ou não? Quem pode dizer, afinal, ainda que preso de simbolismos, que neste país nada acontece? Pois... eu! E o poeta, claro, com o seu grande talento e a sua sensível preocupação.
Mas, quando chegar o dia, cumpre-nos votar. E votar é a não demissão de cada um de nós - hélas!
Mas, quando chegar o dia, cumpre-nos votar. E votar é a não demissão de cada um de nós - hélas!
10 comentários:
Eu vou votar.
Bom Ano!
...e eu também vou.
Bom Ano, Ricardo, meu caro amigo!
Muito bem, Ana Paula. Lá iremos, então.
Um ano muito bom, querida Ana Paula
:)))
Um ano muito, muito bom, querida Md(Sol) :)))
...iremos, sim.
E desta vez não pode ser em branco!
Bom Ano.
...não pode, não!
Um Bom Ano, Porfírio.
:)) Mensagem de Ruy Belo!
Mas no tempo dele não estávamos nesta crise,
a segunda mais profunda de há oitenta anos!
São assim, os poetas.
Pressentem o que depois acontece...
Sim, o como ultrapassar a crise
é o conhecimento crucial.
Lá chegaremos.
Mas toda a Europa precisa de mudar de rumo,
sair da mesmice letárgica em que vegeta.
Pois lá estarei também, mas troquei os rebuçados de mentol pelos chocolatinhos que abundam ainda dos presentes natalícios...
Sempre ficamos mais calmos... e gordinhos...
Beijoca e Bom Ano e melhor Presidente....
Ana
Votar contra a indiferença
pois claro
Cara amiga Ana
Receba um beijinho de Parabéns com muita ternura deste aprendiz de poeta que a admira muito.
António
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