sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

facturas

há uma coisa que eu não consigo positivamente entender: é ou não é preciso poupar papel?! reduzem-se custos de papel em todas as actividades, nomeadamente, educação, saúde, facturação de serviços vários, etc... via factura electrónica, e por aí fora... ao ponto de uma pessoa sentir que deve fazer os possíveis e imaginários para não desperdiçar... papel. agora, em poucos meses, sinto-me atulhada em papéis e papelinhos. e quantos mais irão acumular-se (e onde?!!!! teremos que arranjar uma arrecadação só para este efeito?!!)... se vamos ter que guardar as facturas por quatro anos?!
se isto não é desperdício, não sei o que o será! pergunta: com tanto sistema informático fantástico que por aí há, não seria de esperar uma solução mais racional, mais funcional, mais ecológica, para o problema da fuga aos impostos? em vez disso, o que temos é uma autêntica chuva de papel. no mínimo, incompreensível.
por outro lado, o consumidor final torna-se, segundo este modelo de combate aos espertalhões, um autêntico fiscal ele mesmo, sob pena de ser multado. ou seja, é coagido a fiscalizar toda e qualquer transacção na qual participe. vejamos: que o consumidor final participe e colabore no dito combate, parece ser algo importante e adequado ao papel de um bom cidadão. agora, que ele acabe por fazer o trabalho que a outros competiria, não me parece correcto. portanto, antes do fiscal final, temos o fiscal intermédio. 
acerto de contas: o que se gasta em papel, recupera-se com o trabalho gratuito do fiscal intermédio, a acrescer o eventualmente obtido pelo fiscal final. conclusão: quem perde é o cidadão (na sua privacidade e tranquilidade) e o planeta. parece um preço demasiado elevado para ir colocando no lugar o que já deveria lá estar.

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