quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Chamam-lhe Rex



3 comentários:

AMCD disse...

Desde as guerras mundiais que nos tornámos desconfiados em relação ao progresso científico. Quando nos falam de progresso “sacamos logo da pistola”: olhamos o progresso com cepticismo, lembramo-nos dos seus elevados custos, quando foi posto (e de certo modo ainda é) ao serviço da guerra e do extermínio. Até neste pequeno filme tão positivo, a sombra desse medo do progresso faz a sua aparição ainda que breve – uma imagem do “exterminador implacável”, destruidor de mundos aparece, e chegamos a pensar em Frankenstein. Mas talvez tenha chegado a hora de ultrapassarmos o medo e voltar a abraçar os ideais do modernismo, que via no progresso, a possibilidade de libertação do ser humano dos constrangimentos que limitam a sua liberdade.
Muito interessante o filme.

Ana Paula Sena disse...

É verdade, AMCD, o progresso pode ser muito discutível, como bem assinalou.

Eu julgo cada vez mais que, neste aspecto, o da tecnologia, enfim..., é impossível voltar para trás. Pessoalmente, também não o quereria. Mas, sem dúvida, tudo isto (e ainda mais) coloca inúmeras questões acerca do nosso futuro. Todo este poder deveria servir para nos tornar mais humanos (e o que é ser humano, afinal?), mas corremos o risco de que possa acontecer o inverso - esquecer, por ex., que quanto maior o poder, maior a responsabilidade.

vbm disse...

Há a clássica contradição de o progresso (tecnológico) gerar desemprego (tecnológico). Por certo que a intermediação da inteligência, do saber e da experiência, materializada noe equipamentos, ferramentas e programações adequadas à actividade a que se aplica, liberta o homem não só para a invenção e criatividade do progresso da ciência, como o liberta para o ócio e existência num viver sádio. O que os pensadores parecem esquecer-se, no entanto, é que existem actividades e profissões em que a produtividade é constante ao longo dos séculos e dos milénios, e, não obstante tal facto, essas actividades são necessárias e requeridas pelo viver em sociedade. Tarefas como, educar crianças, limpar os passeios, as ruas e as casas, cortar o cabelo, fazer a barba, etc. Também os sectores de produção em que já tenha sido atingido o ponto de maturidade tecnológica, a produtividade do trabalho é muito pouco incrementável. Ora, a remuneração destas profissões tem de pautar-se pelo nível de dignidade alcançado historicamente pela sociedade. E para o mais viabilizável equílibrio político e civilizacional, será muito conveniente que o crescimento demográfico se contenha em níveis de uma população estável na generalidade dos países.

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