ao correr do mundo ao correr da pena há sempre um lugar certo onde devemos situar-nos. importa saber qual é e ter noção exacta dele para não incorrer em equívocos ocupando o lugar errado. o lugar que não nos pertence logo não é o nosso na era internet é aquele situados no qual não podemos cumprir a ligação que pretendemos estabelecer no complexo encadeado de relações em que estamos mergulhados. nunca deixa de me surpreender verificar que há tanta gente que desconhece o seu lugar. é efectivamente tarefa difícil reconhecê-lo continuamente e mais ainda permanecer por lá não cedendo à tentação de pular elos e ocupar o tal lugar errado onde a função que desempenhamos fracassa. posso esquecer-me ocasionalmente do meu lugar acontece aos melhores e também aos piores mas regra geral sei exactamente qual é. não é nenhum lugar especial mas como todos os lugares ocupa espaço. procurarei assegurar que só me encontram por lá aí exactamente aí ou aqui em suma no lugar certo. mas falhar é uma possibilidade que permite uma eterna correcção... ou melhor uma permanente actualização. acho que gosto mais de reajuste. enfim qualquer coisa disso. do que até se conhece mas sempre se procura. até lá.
2 comentários:
Gosto de a ler e hoje gostei particularmente. Concordo com o que disse.
Tenha um bom dia
:) Observo essa meditação sem propriamente a compreender pela indeterminação abstracta em que discorre o teu pensamento :);
mas, - embora um pouco envergonhadamente -, tenho sempre alguma admiração por textos herméticos ou quase incompreensíveis -
lembro, quiçá a despropósito, esse ponto de vista da geometria plurimilenar de Euclides, congruente aliás com a boa astrofísica contemporânea, de olhar o mundo, e erigir a sua compreensão, a partir de um ponto ou objecto qualquer do espaço, uma recta, um plano, uma figura qualquer!
Na verdade, é a única atitude que pode alcançar o conhecimento com validade universal, e dotar-nos da sabedoria que marca no espaço todo e qualquer lugar que nele ocuparmos :).
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