Ontem, em dia de eclipse total da lua, o meu silêncio eclipsou-se, perante este magnífico momento de silêncio dito e cantado. Algo nesta voz e nesta composição faz de nós um barco de regresso ao cais, depois de se ver à deriva. Fica dito.
Há um silêncio pesado
Que não sei de onde é que vem
Nem sei se lhe chamam fado
Ou que outro nome é que tem
Se canto, não me dói tanto
O coração magoado
Mas há em tudo o que canto
Este silêncio pesado
Não é mágoa nem saudade
Nem é pena de ninguém
O silêncio que me invade
E não sei de onde é que vem
Silêncio que anda comigo
E que mesmo sem eu querer
Diz através do que eu digo
O que eu não posso dizer
Este silêncio pesado
Que me suspende e sustém
Nem sei se lhe chamam fado
Ou que outro nome é que tem
Se com palavras se veste
A alegria e o pranto
Então que silêncio é este
Que há em tudo o que eu canto
5 comentários:
se canto não me dói tanto ! é assim o nosso fado...
um beijinho
Olá Ana Paula
Gostei muito do que publicou;
- Tenho uma simpatia especial por todo o trabalho do ZMB
- Merecem-me o maior respeito as mensagens da MF que conheço via Aldina Duarte (último trabalho)
- Camané, a meu ver a melhor voz, masculina,actual.
- Mais Silêncio - quase obrigatório na nossa agenga (pena não poder assistir a muitos)
- E por fim... não vi o eclipse, resta-me o YT.
Gostei muito, de todo este conjunto.
Um beijinho
Para quebrar o silêncio... não me fico, só a apreciar e calar. Gostei muito - como se diz no espaço 'Face'!
Ficou dito, e muito bem: Regresso ao cais, porto seguro e de abrigo...
E agora... silêncio, que se vai cantar o Fado!
Bom fds
César
Ana Paula, minha querida! observamos a lua e ela nos inspirou. Adorei tb esta música,bjs e uma linda semana.
Excelente
este cantar de silêncios feito
Enviar um comentário