Em tempo de repensar o poder em democracia, Giorgio Agamben fala das modernas formas de o instituir, do papel determinante da opinião pública na sua criação e da função que ela tem na sua glorificação; da questão fulcral, hoje, do controle dos media para o condicionamento da opinião pública, mas também do como e do quanto eles alimentam a glória do poder.
A interessante tese de Agamben é a de que a sociedade moderna dá continuidade às formas de glorificação de diversos líderes do passado, fazendo-o agora ainda com maior intensidade e proliferação. Conclui, assinalando um possível esvaziamento da actividade de governação, na mesma medida em que se intensificam esses processos de glorificação.
Não espantará, portanto, verificar que as opiniões circulantes nos meios de comunicação social possam cumprir uma singular metamorfose da opinião pública, ao mesmo tempo que a divulgam. O que é, sem dúvida, bastante interessante de analisar, mas nem por isso totalmente compreensível, no que se refere à sua consistência com a realidade. De facto, isso acontece porque os meios de comunicação social não se limitam a transmitir-nos a realidade. Antes de mais, o que fazem é criá-la.
Radical, profundo e polémico, mas, seguramente, incontornável. Fica a sugestão: acompanhar o fio do brilhante raciocínio, a partir dos restantes vídeos.
Radical, profundo e polémico, mas, seguramente, incontornável. Fica a sugestão: acompanhar o fio do brilhante raciocínio, a partir dos restantes vídeos.
3 comentários:
Apercebi-me que há muito tempo que não vinha até aqui. Como o tempo passa...
as pessoas continuam a preferir os líderes ditatoriais aos democráticos, os primeiros dão uma imagem de força, os outros de fraqueza. é esquisito, imbecil e perigoso.bom documentário
Ficção ou realidade?
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