Decepcionada, ou mesmo entediada, com os debates que a vida política portuguesa nos oferece, venho a lembrar algumas mais sábias palavras. Que há naqueles um jogo argumentativo cujo brilho decai mesmo antes de acontecer, tenho poucas ou nenhumas dúvidas. Que esta alternativa para uma conversa se situa no reino das quasi-impossibilidades, também duvido pouco. No entanto, é bom pensar, e pensar para lá dos limites do que se pressente como um jogo onde as cartas se baralham mal. Depois dele, a única percepção nítida é a de que fica tudo na mesma. Que tanto mais nos baralhe e que tanto ainda nos espante perante tamanho desconserto do mundo, ainda vá - não somos, não sou, quero dizer, assim tão clarividente. Mas, que nos baralhem tão mal... isso é mais difícil de aceitar. Ou, por outra, não se aceita.
Brain Storming: como libertar-me do pensamento, no sentido tradicional do termo, pelo qual nutro tanto apego?
e... o eterno retorno ao amor...
9 comentários:
Ana Paula, desejo-lhe um lindo ano novo e que possamos aprender prá valer o que é amar.beijos.
Agardeço a simpatia e amabilidade do comentário no meu canto e gostei muitíssimo deste video em duas partes. Poderia resumir tudo num cliché, dizendo que é tudo uma questão de perspectiva, mas é, efectivamente, uma visão muito diferente das filosofias que por aí pululam.
VIver o presente com optimismo e fé e apenas um vago olhar para o futuro, creio ser o caminho para a felicidade :)
Votos renovados de Feliz Ano.
Obrigado, Ana Paula,
por estes maravilhosos vídeos
de entrevita a Krishnamurti.
Krishnamurti é o único filósofo oriental que verdadeiramente me encantou, nada mais tendo recolhido do saber milenário da Índia e da Ásia.
Na altura que o li, fascinou-me aquela ideia dele de que o pensamento é condicionado pelo conhecimento e que para haver um encontro directo, uma percepção imediata, uma consciência da realidade, temos de avançar afoitos para o desconhecido e aí, sim, acabamos por nos conhecer a nós próprios sem nenhuma ilusão, numa 'awareness' com o mundo sem nenhuma mediação.
Muito obrigado, pois nunca me tinha lembrado de procurar Krishnamurti nos vídeos e há já vários anos que não o 'visitava'.
post-scriptum:- Tentei ver o nº 3/3 da entrevista mas pareceu-me que a tradução legendada estava trocada...
Vi agora a questão que colocaste no final do teu 'postal': -«Brain Storming: como libertar-me do pensamento, no sentido tradicional do termo, pelo qual nutro tanto apego?»
E na verdade, quando conheci o pensamento de Krishnamurti também me coloquei o problema, ou melhor, receei que avançando a enfrentar o mundo sem nenhuma orientação do que tanto custa a aprender estaria a aderir a um puro comportamento irracional e irrazoável!
Reflectindo, considerei que seria absurdo derivar das propostas tão apelativas de Krishnamurti uma estupidez tão radical como essa do apelo à irracionalidade!
E portanto deveria entender aquele apelo à percepção pura e sem mediações da realidade como uma advertência para estar sempre atento a ler o grande livro do mundo sem tresler o que lá está escrito pelos palimpsestos de qualquer antiga ou recente moda cultural, mas aberto à eventual imanência de algum sentido inédito.
Após o debate
a palha
Bom ano
Como diria Pascal não passa tudo de "divertissement". O verdadeiramente importante é mesmo la rose.
Bom ano!
JR
Q. Ana Paula
Um ano muito bom. E obrigada pela companhia sempre terna e estimulante.
:)))
Um nova ano pleno de Saúde e Alegria para ti e todos os que amas. Depois verei a entrevista.:)
Ana Paula,
Volto para desejar um feliz 2011.
Com retorno ao amor...
Bjocas
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