terça-feira, 14 de abril de 2009

Curtas


«Esta questão da velocidade é importante e muito complicada também. Velocidade não quer dizer ser o primeiro na corrida. Acontece estar-se atrasado devido à velocidade. Também não quer dizer mudar. Acontece ser-se invariável e constante devido à velocidade. A velocidade é ser-se apanhado num devir, o que não é o mesmo que um desenvolvimento ou uma evolução. Era preciso sermos como um táxi - (...).»

No devir apanhei mais uma música...




13 comentários:

ARTISTA MALDITO disse...

Olá Ana Paula

E um devir pressupõe um lugar e um lugar um espaço, real ou mental em que o ritmo é a medida da continuidade de uma viagem pelos confins desconcertantes do tempo.

Ana Paula, desejo-lhe um bom início de semana.

Beijinhos
Isabel

mdsol disse...

Lateralmente relacionada com a velocidade, sem abordagem filosófica, de uma crueza completa e, contudo, muito sábia, a frase do Juan Manuel Fangio (célebre corredor de automóveis: "Para chegar primeiro, primeiro é preciso chegar".

:))))

della-porther disse...

Gostei da música.

beijos

della

vbm disse...

A velocidade é ser-se «apanhado num devir»... :)

Já não lembro os textos em que Deleuze narra o devir com um suspense digno de Hitchcock! :)

Mas, sendo importante o conceito de velocidade, ele não determina como "entrar" no devir. Porque pode a velocidade ser constante, elevada ou baixa e esse facto determinar "falhar" o devir. Também "não chega" a velocidade própria de um desenvolvimento pessoal ou a de uma evolução da situação objectiva.

Tudo isto diz Deleuze na resposta que ensaia a Claire Parnet. Prefere qualificar esse "acertar" no devir como sendo o um encontro em que se é "apanhado", mas para o qual convirá, porventura, "apanhar um táxi" e talvez dar-lhe várias instruções de mudar de sentido... :)

Eu sinto que irmanarmo-nos no devir exige que reflictamos com lucidez sobre a nossa situação objectiva e que ousemos seguir para onde os pensamentos nos conduzam, nem que porventura esse destino seja aquilo que ele também surpreende como uma "linha de fuga" do sistema dado. Porque o devir, não é um prospecto, uma previsão, um horizonte, é a pura imanência do ser objectivo no ser formal - ao modo conceptual de Descartes :)
...

Patriota disse...

Gostei do tema; precisamos de ser como um táxi... =)... e quando a velocidade termina,retoma-se ao antigo estado (ao estado primitivo)? E o táxi?

Boa música! =)

Anónimo disse...

velocidade quer dizer pressa, quer dizer risco, quer dizer rápido :) e o teu perfil tem um olhar muito bonito. beijinho grande, ana paula.

by the way... disse...

velocidade é qdº invento...

paradinho e confortavel...

tudo me sai

Violeta disse...

a isto se chama filosofar em poucas linhas...
bjs

Mar Arável disse...

Maratonista me confeço

Nilson Barcelli disse...

Sendo que a velocidade é o espaço que se percorre num determinado tempo, eu cheguei aqui quase à velocidade da luz...
O curioso é que à chegada, quando travei, não senti nenhuma aceleração negativa. Antes pelo contrário, mas isso deve ter com o facto do teu blogue ser tão apelativo...
Bom resto de semana,
Beijos.

Anónimo disse...

Está bem visto; é mesmo isso. Diria também um devir e um acontecer, caso contrário a velocidade é mesmo corrida patética. Foi um prazer agraciar-te. Mas este vai-vem é um bocado cansativo. Bom caminho para o fim-de-semana nas aulas. Eu já ando na corrida patética, vendo se não me estampo. Um beijo.

ARTISTA MALDITO disse...

Olá Ana Paula

Tenho uma surpresa para si, não sei se vai gostar, mas foi inspirada neste tema da velocidade.

Desejo-lhe um óptimo fim de semana.

Beijinho grande
Isabel

Porcelain disse...

Que curioso!! E já agora... se andarmos mesmo muito depressa, quase à velocidade da luz, diz que a energia começa a converter-se em massa e a massa começa a aumentar, a pontos que por mais energia que se lhe forneça, ela vai sempre sendo convertida em massa, em vez de aumentar a sua velocidade... por isso não podemos quebrar a barreira da velocidade da luz... apenas um corpo com massa nula pode assumir a velocidade da luz (até hoje só a radiação tem esta característica)... :-)

A velocidade fascina-me, seja a física, seja a psicológica... este texto faz-me, contudo, lembrar a sua inutilidade sempre que a velocidade psicológica não acompanha a velocidade física... ou será ao contrário?

A Teoria da Relatividade está aí para comprovar algo há muito defendido pelos nossos compadres alentejanos: não vale a pena andar em grandes correrias!! :-D

Beijinhos!

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