o que mais custa entender é a felicidade. o céu azul ofuscado pelo sol impiedoso à semelhança da impiedade na terra quando se cortam os humanos em postas para cozinhar à la carte em lume brando. e todos vivem felizes porque se assim não viverem os deuses podem discernir na tristeza e declaração de insatisfação um hipotético sinal de fraqueza ou... isso. o que mais custa entender é a felicidade diária como se fosse questão de repetição assegurada pelos dias sucessivos do nascer do sol ao sol posto e tudo está no seu lugar porque é assim simplesmente. como se a felicidade não fosse apenas coisa de um instante ou então como se não fosse tudo aquilo que é difícil manter. o que mais custa é a felicidade infeliz. o que mais custa é o canto dos passarinhos como se não povoassem os céus abutres. o que mais custa é a falta de gravidade sem nunca chegar a levitar. o que mais custa é isto tudo repleto de nadas.
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