quinta-feira, 31 de maio de 2012

dilemas


Sacudi a cabeça. «Não queira lá ir», disse Christine, «nunca cometa semelhante erro.»
«Pensei que uma pessoa como você achasse que na vida é preciso ver o mais possível.»
«Não», disse ela convictamente, «o que é preciso é ver o menos possível.»
Antonio Tabucchi, Nocturno Indiano


quarta-feira, 30 de maio de 2012

Alabama 3 oh sim!



Another Psychopath in Iowa
Loadin' up another round
While the NRA in Columbine
Hunt Marilyn Manson down
Powder in the Pentagon
Cruel letters in the mail
Some KKK white supremacist
Cooking up a dose of race hate

I don't need no country
I don't fly no flag
I cut no slack for the Union Jack
Stars and stripes have got me jetlagged

Some baby in Afghanistan
Cryin' for it's mama now
While the BNP scare refugees
Senseless up in Oldham town
Hypocrites in Downing Street
Pourin' petrol on the flames
Septal cries asks Paddy why
Do we always get the blame

I don't need no country
I don't fly no flag
I cut no slack for the Union Jack
Stars and stripes have got me jetlagged

Sing a song for the asylum seekers
For the frightened baby on some foreign beach
Bang a gong and pray they reach safe harbour
Some mother in Jakarta
Lays down her weary head
In some free trade zone compound
Where they work you till you're dead
Hunger stalks the corridors
Famine and disease
I've seen the multinationals walking hand in hand
With globalising marketeers

I don't need no country
I don't fly no flag
I cut no slack for the Union Jack
Stars and stripes have got me jetlagged

Sing a song for the asylum seekers
For the frightened baby on some foreign beach
Bang a gong and pray they reach safe harbour

domingo, 27 de maio de 2012

imagem 3

hei-de fazer bolinhos doces
para tu criticares
até descobrir o ponto
talvez canela
diz-te limão?
e em lume brando
um beijo no teu pescoço
a incorporar
na massa da sensação

comer depois

sábado, 26 de maio de 2012

salmão no Yémen e futebol na Europa

Fotograma do filme Salmon Fishing in the Yemen

Salmon Fishing in the Yemen (2011) encaixa na categoria de comédia romântica. Dentro do género é bastante divertido e bem conseguido. Além do casal principal, interpretado com sucesso pelos respectivos actores, temos um sheik visionário, do tipo que fazia falta aqui pelas nossas bandas, para implementar projectos grandiosos em terreno improvável. O que me conduz ao aspecto mais interessante do filme, o qual teria ganho, caso apostasse a valer no seu carácter de sátira política. Ora, o realmente sui generis deste filme, dizia eu, é o facto de, por entre o ambiente característico das relações amorosas bonitas e enternecedoras, colocar a questão da fé. Pescar envolve a crença inabalável e inexplicável de que um belo peixe - pode ser um salmão, claro - há-de picar, seguindo o rasto do isco. Sem essa dimensão de fé, o pescador ficaria perdido, defende o nosso simpático sheik. E digo eu: é bastante parecido com o sentimento presente na crença de que a nossa selecção fará uma boa figura neste Europeu de Futebol. Estando nós num grupo tão difícil, como se sabe, a única coisa que faz sentido é acreditar. Logo, deveríamos ser poupados a programas intermináveis, onde se colocam questões absurdas aos entrevistados-comentadores-profetas-adivinhadores. Poupados a coisas do tipo: "mas quais os motivos que o levam a acreditar? que razões o fazem sentir essa fé numa boa prestação da nossa selecção?". Perante este quadro de especulação para entreter acéfalos, que se prevê arrastar-se por um período de tempo considerável, há muito mais paciência e prazer, sem dúvida, em aprender mais sobre o salmão: por exemplo, sobre comportamentos determinados geneticamente ou não; sobre se é possível condicionar verdadeiramente o comportamento dos peixinhos, mantendo-os em cativeiro, ou não? etc, etc, etc... Mas, isto, sou eu, que não tenho paciência para certas coisas, mas tenho para outras.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Martha Nussbaum

Martha Nussbaum by John Springs


À filósofa norte-americana Martha Nussbaum foi atribuído o Prémio Príncipe das Astúrias para as Ciências Sociais 2012. Professora na Universidade de Chicago, defende o papel das humanidades na educação como elemento imprescindível para a qualidade da democracia. Entre outros aspectos assinaláveis, o júri destacou a sua concepção universal dos direitos da mulher para superar os limites do relativismo cultural. 


Uma vida examinada - a filosofia está nas ruas: com Martha Nussbaum 
 


quarta-feira, 23 de maio de 2012

à procura da chave do mistério


Drawers of Memory, Salvador Dali (1965)


The fault... is not in our stars,
but in ourselves...
Shakespeare


Our story deals with psychoanalysis, the method by wich modern science treats the emotional problems of the sane. The analyst seeks only to induce the patient to talk about his hidden problems, to open the locked doors of his mind. Once the complexes that have been disturbing the patient are uncovered and interpreted, the illness and confusion disappear... and the devils of unreason are driven from the human soul.


é assim que começa Spellbound ou A Casa Encantada, um filme de Hitchcock que data de 1945. tendo como pano de fundo a psicanálise, o filme mostra-nos uma interessante sequência de um sonho inspirada em desenhos de Salvador Dali. eu gosto de filmes antigos e alguns merecem ser revisitados. é o caso. 

 

sexta-feira, 18 de maio de 2012

gravidade: apenas uma teoria


por vezes, eu diria que sim 

imagem de FreethoughtPedia


  

ler devagar

tenho andado a ler bem devagar as seis conferências dadas por Orhan Pamuk na Universidade de Harvard, reunidas e publicadas entre nós sob o título O Romancista Ingénuo e o Sentimental. tal título deve-se ao facto de o escritor, nestas suas conferências, partir do ensaio de Schiller, Sobre a Poesia Ingénua e a Sentimental. a leitura lenta deve-se a alguma falta de tempo, mas tem as suas vantagens. desde logo, a de poder apreciar toda a temática em causa tal como se degusta uma espécie de vinho literário. as referências são muitas e, a cada passo, Pamuk reenvia-nos para outros textos - exigindo alguns deles uma consulta que se faz também devagar.
entre muitos aspectos eminentemente interessantes do ponto de vista literário, e até filosófico (atendendo ao terreno sempre fértil das relações entre filosofia e literatura - semelhanças possíveis, demarcações inevitáveis, etc); entre todos eles, encontrei um que me interessa particularmente, uma vez que agita a questão que muitas vezes me inquieta acerca do actual poder da imagem, e consequente redução dos hábitos de leitura. este fenómeno tem um peso fortemente significativo no caso das gerações mais jovens. daí, também, o meu interesse pelo assunto. pois então, de que aspecto estou a falar, presente nestas conferências do escritor turco? trata-se da analogia entre o pintor e o escritor. a dado passo, por ex., lembra-se a expressão de Proust: "Mon volume est un tableau". e, portanto, pergunta-se: escrever como quem pinta... é possível? escrever é criar imagens. mas as literárias exigem uma considerável extensão no tempo para serem criadas. está em causa um tipo de atenção diferente, quer da parte do escritor, quer da do leitor. diz Pamuk que tal se deve às características específicas da escrita e da leitura em geral, e das de romances, em particular - o ambiente criado, a atmosfera do romance, contém imagens. mas elas não podem ser dadas de uma só vez, como acontece na pintura. um quadro apresenta-nos uma história, e ela está toda ali, naquele espaço. o romance, no entanto, requer tempo - o necessário para ir criando a imagem geral, constituída por mil e um detalhes, cuidadosa e paulatinamente revelados. 
a relação entre imagens e palavras (escrita) sempre cativou a minha atenção. as conferências de Orhan Pamuk têm sido um excelente contributo para reflectir mais e melhor sobre o assunto. para o corroborar, vejamos o que diz utilizando duas categorias filosóficas fundamentais...

Permitam-me que utilize esta distinção a fim de articular a minha própria concepção de romance. Os romances, como os quadros, apresentam momentos que foram, por assim dizer, congelados. No entanto, os romances contêm mais do que apenas um desses momentos pequenos, indivisíveis (semelhantes aos momentos aristotélicos): proporcionam ao leitor centenas, dezenas de milhares. Quando lemos um romance, visualizamos esses momentos formados por palavras, esses pontos do Tempo. Ou seja, transformamo-los em Espaço na nossa imaginação.
Orhan Pamuk, O Romancista Ingénuo e o Sentimental

quinta-feira, 17 de maio de 2012

ilhas e pontes

que cada um de nós seja uma ilha parece por demais evidente. estou a pensar concretamente numa radical incomunicabilidade entre os seres. afinal, até que ponto posso afirmar que consigo comunicar completamente o que penso ou sinto a um outro? quando a mensagem, digamos, chega ao outro, não posso saber exactamente como é que ela é recebida, mas imagino que sofra transformações várias. esta questão, só por si, levaria longe... mas o que quero colocar como tópico de reflexão é o inverso. ou seja, a comunicabilidade que nos caracteriza. e pegando na imagem da ilha, cada um de nós uma, sim, é possível, mas ligada a outras ilhas por muitas pontes. agora, imaginando cada um de nós desenhado segundo esse modelo - com a infinita quantidade de ilhas e, ainda mais, com a proliferação em número praticamente incalculável de pontes... estamos perante um cenário que nos transporta para um nível de complexidade crescente, e até assustador - porque fora do nosso controlo absoluto. mas é assim que existimos hoje: em rede, numa fantástica rede que se tece de modo cada vez mais detalhado. na fina rede neuronal e seus rendilhados, o instante comunicacional brilha a cada sinapse. podemos obter hoje imagens que nos mostram essa actividade cerebral (ainda misteriosa). salvaguardando o facto de que esta analogia tem as suas limitações, a verdade é que as redes sociais seriam muito mais giras se a cada momento de partilha ou de mero tomar nota de... alguma coisa brilhasse. teríamos, então, acesso a um FB (por ex.) muito luminoso. se isto é real comunicação, é outra história. faltaria pensar e definir real comunicação. poderemos reduzi-la a algo talvez mais óbvio? comunicar é transmitir informação. e é tudo? pois é neste ponto que me sinto reenviada à afirmação inicial: cada um de nós é uma ilha.

cérebros e galáxias

A imagem abaixo pretende representar o cérebro. Encontra-se em Infinity Imagined - que é onde podem ver-se muitas outras imagens magníficas. Lá, coloca-se uma interessante questão: que relação existirá entre redes de neurónios e aglomerados de galáxias?
Não deixo a resposta, claro está (quem pode tê-la por inteiro?!). Mas fica o convite para um excelente passeio pelo micro e macro Cosmos.




a Terra

O satélite russo Elektro-L captou recentemente aquela que é considerada a imagem mais nítida de sempre da Terra. Faz-nos falta olhar a Terra de uma outra perspectiva. Este pequeno lugar do universo parece-nos especial, não só porque o habitamos, mas também porque as suas cores são as da vida. É apenas um lugar nos confins da Via Láctea, mas o que da Terra nos é revelado, a partir desta e doutras imagens, contribui para alargar a consciência da urgência de uma ética do cuidado.
 




quarta-feira, 16 de maio de 2012

os WrayGunn







"eu viajo o que desejo"

Em suma, meu amigo, eu viajo o que desejo. Para mim há sempre novos panoramas. Se quero montanhas, escuso de ir à Suiça: parto para outras regiões onde as montanhas são mais altas, os glaciares mais resplandecentes. Há para mim uma infinidade de cenários montanhosos, todos diversos, como há também mares que não são mares e extensões vastíssimas que não são montes nem planícies, que são qualquer coisa mais bela, mais alta ou mais plana - enfim, mais sensível! O mundo para mim ultrapassou-se: é universo, mas um universo que aumenta sem cessar, que sem cessar se alarga. Quer dizer, não é mesmo universo: é mais alguma coisa.
Mário de Sá-Carneiro, Céu em Fogo

sábado, 12 de maio de 2012

quarta-feira, 9 de maio de 2012

em busca do bosão de Higgs


imagem Daqui

Ontem, eu e os alunos tivemos direito a física de partículas elementares. É muito pouco o que sabemos sobre a matéria no universo. Há nele uma quantidade imensa de energia e de matéria escura ou negra. Ignoramos o que é. Posto isto, incrível é não desistirmos e, pelo contrário, insistirmos. O que sabemos sobre a matéria anda pelos escassos 4%, como explicou Pedro Abreu do IST. O resto, que é tanto! - um desequilíbrio descomunal -, por enquanto, é-nos desconhecido. Acresce ainda: se o Bosão de Higgs não for encontrado, até os tais 4% podem cair por terra. Fazer ciência é difícil. O conhecimento é difícil. A vida, afinal, é difícil. Não vale desistir. Há muita investigação para fazer. Venham os jovens!


segunda-feira, 7 de maio de 2012

imagem 1

o vento bulício nos cabelos
a chuva correndo sob os pés
e a tua imagem
tão beijo desejado
passava
mesmo à tangente de mim

A.P.

domingo, 6 de maio de 2012

para as minhas filhas


Há duas coisas que me enchem o espírito de crescente admiração e respeito, quanto mais forte e frequentemente a elas se dirige o meu pensamento: o céu estrelado acima de mim e a lei moral em mim.  
Kant, Crítica da Razão Prática

Northern Lights - Philippe Moussette (Obs. Mont Cosmos)

[sendo que a segunda, de natureza imediatamente invisível, é frequentemente mais difícil de ver]


sábado, 5 de maio de 2012

bonito e belo

A beleza pode ilustrar um ideal, uma perfeição. Ou, devido à sua identificação com as mulheres (mais exactamente, com a Mulher), pode desencadear a habitual ambivalência decorrente do secular aviltamento do feminino. Muito do descrédito da beleza deve ser entendido como um resultado da inflexão do género. Também a misoginia poderia estar subjacente ao impulso de metaforizar a beleza, colocando-a desse modo acima do reino do "meramente" feminino, o menos sério, o superficial. Na verdade, se as mulheres são veneradas porque são bonitas, são tratadas com condescendência pela sua preocupação em se tornarem ou manterem bonitas. A beleza é teatral, é para ser contemplada e admirada; e a palavra tanto faz pensar na indústria da beleza (revistas de beleza, salões de beleza, produtos de beleza) - o teatro da frivolidade feminina - como nas belezas da arte e da natureza. Como explicar de outra maneira a associação entre beleza - isto é, mulheres - e vacuidade? Preocupar-se com a sua beleza é incorrer na acusação de narcisismo e frivolidade. Consideremos todos os sinónimos de beleza, a começar por "adorável", o meramente "engraçada", que clama por uma transposição viril. 
Diz-se: "Bonito é o que bonito parece." (Mas não: "Belo é o que belo parece.") Embora se possa aplicar tanto quanto "belo" à aparência, "bonito" - desligado de associações com o feminino - parece um modo mais sóbrio, menos efusivo de elogio. A beleza não é normalmente associada à gravitas. Assim, é possível que se prefira designar o livro que serve de veículo à divulgação de imagens insuportáveis de guerra e de atrocidades como "um bonito livro", como eu fiz no prefácio a uma compilação de fotografias de Don McCullin, receando que considerá-lo "belo" (que o era) fosse visto como uma afronta, dado o seu tema chocante.
 Susan Sontag, Um Debate sobre a Beleza


meus queridos olhos

eu devia poupar os olhos. eu devia evitar feri-los. eu podia olhar uma larga planície e descansar. eu podia não seguir o curso voraz do olhar que consome todas as horas. olhos abertos ou fechados. o olhar engole tudo antes de pensar olhar. só depois e em pequenos intervalos é possível decantar o fardo do que se viu e dele retirar para um lugar de decidido privilégio o que é mesmo para ver. 
observar a manipulação de uma imagem na qual transparece uma violência de intenções: é possível. mas há estratégias de marketing que não deveriam ser escolhidas. por exemplo: não é de assinalar o valor intelectual de alguém em suposta homenagem utilizando como chamariz os seus atributos físicos. que a pessoa os possui pode ser um facto a considerar. mas que seja por essa via que se chegue ao ponto que se quer focar só pode ter duas leituras: ou há um vale tudo para chamar a atenção ou o objectivo afinal era outro. designo isto muito simplesmente por intelectualidade altamente requentada. 

sexta-feira, 4 de maio de 2012

beautiful relax




em câmara lenta

Fotograma do filme Em Câmara Lenta - Fernando Lopes (2011)


às vezes não vale a pena dizer nada. uma imagem pode mesmo valer por mil palavras. apesar disso, pronuncio ainda algumas. digo palavras como segunda pele ou fato contra a hipotermia que domina. e digo também não ir ao fundo - há-de nascer um dia para nos deixarmos ir até lá. um braço levantado pode ser tudo o que resta. continuo a precisar de lições de natação - eu. e este país de mar também. é tudo muito lento agora. nada escapa ao abrandamento. é proibido deixar de nadar - liberdade ou necessidade?


quarta-feira, 2 de maio de 2012

poesia ao sol com eterno retorno


Canção Diurna do Viandante

As flores são as formas
completas das
estrelas que a luz solar devora

Vagueio entre elas
urdindo a viagem diurna
da imperfeição A primavera aberta nas

margens incandescentes
alberga a
dor das formas ilusão

do estio primitivo
como se flores, de
novo, perfeitas nos cobrissem

Gastão Cruz, Poemas Reunidos


[seja como seja, Marta, é bom estudar contigo!]


Ayo




química(s)

Chamamos afins às naturezas que ao encontrarem-se se prendem rapidamente uma à outra e se influenciam de um modo recíproco. Nos alcalinos e nos ácidos, que, sendo os mais opostos entre si, e talvez precisamente por isso, são os que mais se procuram e combinam modificando-se para juntos formarem um novo corpo, é bastante notável a referida afinidade. Pensemos somente na cal, que tem uma grande inclinação para todos os ácidos, uma decidida vontade de se unir a eles. Tão depressa cheguemos ao nosso gabinete de química lhe faremos diversos ensaios que, além de serem muito interessantes, nos ajudarão melhor a formar uma ideia do que as palavras, nomes e termos científicos.
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(...) Assim, por exemplo, o que chamamos pedra-calcária é uma terra calcária mais ou menos pura, intimamente unida a um ácido subtil, que se nos dá a conhecer em forma de gás. Ora bem: se pomos um fragmento dessa pedra numa solução de ácido sulfúrico, a pedra ataca a cal e aparece depois unida a ela em forma de gesso, enquanto o ácido subtil, gasoso, se volatiliza. Produzem-se aqui, pois, uma nova separação e uma nova combinação, e cremos ter direito a empregar mesmo a expressão afinidade electiva, já que efectivamente nos aparece como se tivesse preferido uma relação a outra e a elegesse para o seu lugar.
Goethe, As Afinidades Electivas

(...mas há mais...)


Regresso ao futuro

Muitas vezes, diz-se: nunca regresses a um lugar onde já foste feliz. Mas como não procurar todos os lugares que nos parecem compatíveis com...