subo
na corrente dos dias
e depois das coisas amargas
ponho de lado contente
um pequeno cacho de uvas
das que prometem mel
um dia
a fruta secreta será consumida
e na curva abrupta dos dias
eu e ela devoradas
mais cedo ou mais tarde
rodopio na vertigem
do hélio incandescente
tudo tem a mesma forma
circulante mergulhante
rumo a ti
a fruta e eu somos tempo
quanto a ti: não sei
AP
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