Não há dúvida de que o déjà vu é um fenómeno fascinante.
E tão estranho quanto a existência, tal como me aparece em certos dias.
O que me faz escrever sobre tal é a hiperbólica sensação de que tudo é repetição incessante. Porque há horas e dias onde tudo parece demasiado previsível, onde se chega mesmo a visualizar antecipadamente o correr dos acontecimentos.
Julgo de considerar também, como contributo para esta prosaica sensação, o facto de tanto em redor inundar a vista. Nada é pouco no que é dado a ver e a analisar. Tudo está superlotado e inteiramente preenchido.
Um estado de espírito vale o que vale, sobretudo tendo em conta a sua inerente condição de fugacidade. Um dia destes, talvez tudo pareça novo e finalmente inovador. Hoje, sinto-me exactamente o protótipo do déjà vu.
Em busca de algo que nunca tivesse ainda visto ou, pelo menos, que não visse há uma larga temporada, dei por mim a mirar uma laranjeira perdida, junto a um citadino semáforo vermelho. Estranho nunca lhe ter dado importância, ali colocada mesmo no meio de um cenário tão déjà vu para mim. Agradou-me a visão. Até ao momento em que comecei a reparar na condição daquelas resistentes laranjas: mirradas e enegrecidas pela poluição. Pois! Nada de novo, afinal... Ainda tive tempo para reparar num pássaro, tão estranho empoleirado mais além numa árvore frondosa. Raramente a olho. E o pássaro era magnífico, era mesmo... Mas já não houve tempo para ver mais... É preciso circular.
E isto que importa?! Nada!
Pois é, estou a precisar de férias! E de um contactozinho com a natureza... talvez... Sou citadina mas a cidade está em pleno déjà vu.
Para informação científica sobre o déjà vu, vale a pena espreitar aqui
E tão estranho quanto a existência, tal como me aparece em certos dias.
O que me faz escrever sobre tal é a hiperbólica sensação de que tudo é repetição incessante. Porque há horas e dias onde tudo parece demasiado previsível, onde se chega mesmo a visualizar antecipadamente o correr dos acontecimentos.
Julgo de considerar também, como contributo para esta prosaica sensação, o facto de tanto em redor inundar a vista. Nada é pouco no que é dado a ver e a analisar. Tudo está superlotado e inteiramente preenchido.
Um estado de espírito vale o que vale, sobretudo tendo em conta a sua inerente condição de fugacidade. Um dia destes, talvez tudo pareça novo e finalmente inovador. Hoje, sinto-me exactamente o protótipo do déjà vu.
Em busca de algo que nunca tivesse ainda visto ou, pelo menos, que não visse há uma larga temporada, dei por mim a mirar uma laranjeira perdida, junto a um citadino semáforo vermelho. Estranho nunca lhe ter dado importância, ali colocada mesmo no meio de um cenário tão déjà vu para mim. Agradou-me a visão. Até ao momento em que comecei a reparar na condição daquelas resistentes laranjas: mirradas e enegrecidas pela poluição. Pois! Nada de novo, afinal... Ainda tive tempo para reparar num pássaro, tão estranho empoleirado mais além numa árvore frondosa. Raramente a olho. E o pássaro era magnífico, era mesmo... Mas já não houve tempo para ver mais... É preciso circular.
E isto que importa?! Nada!
Pois é, estou a precisar de férias! E de um contactozinho com a natureza... talvez... Sou citadina mas a cidade está em pleno déjà vu.
Para informação científica sobre o déjà vu, vale a pena espreitar aqui
15 comentários:
nunca vi um déjà vu tão bem des.escrito...:)
com a mestria de quem pensa e se repensa.
. e resiste. em semântica solar. em frases maduras!!!!
aplauso!.
e esta isabel vem despedir-se. vai voar até milão e ect...
e desejar-te uma páscoa dulcíssima.
P.S. adorei a companhia.
espalho beijos.
até breve.
Gosto do tema. Com a idade vamos perdendo a memória, é natural que nos lembremos menos das experiências que tivemos. Lembro-me de 2 sensações de DV em criança que tive em criança. Agora, raramente tenho...
Beijo Ana Paula
Olá Ana Paula!
Ainda que não ande a comentar continuo um fiel leitor!
Déjá vu... é uma sensação que me desagrada... principalmente quando começo a ter a impressão que está a acontecer um déjá vu dentro de outro déjá vu...
Mas agora que puxo pelas minhas memórias fracas... já não tenho um a algum tempo..
Um abraço!
muitas vezes me tenho perguntado se o deja vu é de facto possível, se pode ou não ser uma capacidade humana prever, presentir o que vai acontecer, ou perceber que aquilo já nos tinha acontecido antes... gostei muito de ler, ana paula. um beijinho muito grande
Farta do "Deja vu"? Na verdade o "Deja vu" pode fartar. Fica-se embatucado de "Deja Vu". É preciso, por vezes, saber apreciar o “Deja Vu”, e nem todos o sabem. O “Deja Vu” pode ser horroroso ou magnífico. Depende do ponto de vista. Por vezes regressa-se de uma viagem e aterra-se no “Deja Vu” de uma cidade nossa, de uma casa que habitamos, de pessoas que prezamos, e é muito bom. Para quem esta farto dessa cidade, dessa casa, dessas pessoas, o “Deja Vu” pode ser martirizante. Por isso o melhor é mesmo ficar por aqui, para não assumir ainda mais o papel do “Deja Vu”. Um beijo “Deja Vu”, ou nem por isso?
"Deja vu" até nos pode surpreeender :)) Este teu " deja vu " surpreendeu-me !
... a hiperbólica sensação de que tudo é repetição incessante ... afinal é tudo tão previsível !
O breve instante em que tal se reconhece pode ser fascinante ! sempre inquietante ...
(e que a tua companhia seja, por muito tempo, um re.confortante
" deja vu " de coisas boas :))
Bj* ana Paula
déjà vu... hummm... acontece-me com frequencia quando passeio pelas noites... e pelos dias...
:))~
p.s.
tá tão bonito o teu blogue!!
beijos
ORIGINAIS?
SÓ NOS ALFARRABISTAS
bom post! abraços.
querida ana paula, desejo-te uma óptima páscoa. um grande beijinho*
há diferentes espécies de déjà vu... quando tiver tempo, depois explico mais em pormenor.
felizes férias
beijos
Bom convívio
Há um album espantoso do Crosbi Nash and Youg que se chama Déjà Vu e que é espantoso! Para ti, boas férias. Bjos
boa Páscoa AP. agora tive um vu muito estranho do meu comentário acima ;)
beijo
As Páscoas querem-se déjà vu ... e os Natais e outros que tais ...
para ti, um esperado e reconfortante déjà vu com amendoas e tudo ! :))
iv*
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