Talvez do tempo cronológico e metereológico. Talvez da necessidade de renovação. Talvez da reflexão, inquietação, reparação e recuperação. Talvez de nada. Talvez de tudo.
Ocupada na visualização dos simulacros que fazem o mundo. E querendo ver para lá deles. Afastar a cortina ou o véu que encobre a realidade. E olhar a verdade.
Para os antigos gregos, a verdade ou aletheia estava sempre oculta. Todo o trabalho humano consistia em desocultá-la ou desvelá-la. A sua perspectiva acompanha-me... Consigo começar a ver... primeiro os contornos vagos e indefinidos... Depois, muito claros. Muito claros e precisos. Obrigada, Grécia Antiga.
Não posso dizer o que vejo. O problema do discurso também se coloca. Mais do que ele, o do pensamento. A formação do conceito, o âmbito da definição, a validade do raciocínio. Tudo converge para abandonar a dificuldade inerente. Restam as ilusões.
Quando se afasta a cortina, o véu da ilusão... o qual até desejamos que nos coloquem à frente... vê-se algo... O que vejo. Teme-se que não seja o mesmo que outros vêem ou poderiam ver.
Para que a visão fosse uma única, seria necessário fazer deste processo uma ciência.
Infelizmente, tenho pouco tempo para a ciência. Mas era esta a ambição dos antigos gregos. E a minha. Dado que a alternativa é o caos, suponho que se trata de uma nobre ambição. Será esta, no fundo, a história do mundo. Abreviada, é claro.
Pode a verdade ser caótica e bem mais ambiciosa. E a história do mundo, um outro mundo.
Imagem: Butterfly de Mark Grotjahn
Ocupada na visualização dos simulacros que fazem o mundo. E querendo ver para lá deles. Afastar a cortina ou o véu que encobre a realidade. E olhar a verdade.
Para os antigos gregos, a verdade ou aletheia estava sempre oculta. Todo o trabalho humano consistia em desocultá-la ou desvelá-la. A sua perspectiva acompanha-me... Consigo começar a ver... primeiro os contornos vagos e indefinidos... Depois, muito claros. Muito claros e precisos. Obrigada, Grécia Antiga.
Não posso dizer o que vejo. O problema do discurso também se coloca. Mais do que ele, o do pensamento. A formação do conceito, o âmbito da definição, a validade do raciocínio. Tudo converge para abandonar a dificuldade inerente. Restam as ilusões.
Quando se afasta a cortina, o véu da ilusão... o qual até desejamos que nos coloquem à frente... vê-se algo... O que vejo. Teme-se que não seja o mesmo que outros vêem ou poderiam ver.
Para que a visão fosse uma única, seria necessário fazer deste processo uma ciência.
Infelizmente, tenho pouco tempo para a ciência. Mas era esta a ambição dos antigos gregos. E a minha. Dado que a alternativa é o caos, suponho que se trata de uma nobre ambição. Será esta, no fundo, a história do mundo. Abreviada, é claro.
Pode a verdade ser caótica e bem mais ambiciosa. E a história do mundo, um outro mundo.
Imagem: Butterfly de Mark Grotjahn